Quarta-feira, 15 de setembro.
À noite fui ao cinema com os meus pais, durante o filme (fui assistir Nosso Lar) senti uma dor muito intensa, forte e longa. Foi a minha primeira contração com dor.
Quinta-feira, 16 de setembro.
Durante o dia foi tudo tranqüilo, à noite, porém eu estava me sentindo um pouco desconfortável e estava tendo algumas contrações, fiquei um pouco desconfiada.
Sexta, 17 de setembro.
Na madrugada de quinta para sexta, eu comecei a sentir dores mais fortes, mas suportáveis, passei tudo isso em silencio, sem comentar nada para meus pais, liguei para a Tati, enfermeira obstetra, mas ela não atendeu, então liguei para a Glaucia, fisioterapeuta, e avisei, ela me tranqüilizou e voltei a dormir, em um momento que fui ao banheiro, quando olhei no vaso levei um susto, o tampão do útero saiu. Voltei a ligar para a Glau, e um tempo depois a Tati me liga, explico tudo, volta a me tranqüilizar.
Na parte da manha a Glau vem a minha casa junto com a Jessica, a quem eu ainda não conhecia. Mediram a minha dilatação, diga-se o toque não é nem um pouco confortável, estava com 3 cm, eu já tinha passado uma semana com 1 cm de dilatação, agora era esperar se ia ter continuidade ou ia estabilizar. A Glau ficou aqui em casa na espera da Tati chegar, que estava voltando de Maringá.
Durante toda a manha eu fiquei andando para lá e para cá, para aliviar as dores, eu estava inquieta e comecei a fazer o almoço cedo. Eu estava tranqüila (a base de calmante) e sorridente.
A Tati chegou, fez novamente o toque, estava com 4 cm, agora era confirmado, eu estava em trabalho de parto. Minha mãe estava comigo, e no decorrer da tarde fomos avisando as pessoas, a Fran, melhor amiga, chegou aqui em casa para me fazer companhia. Próximo as 16h, eu estava na cozinha, me levantei da cadeira rindo de alguma coisa que a Fran falou, não lembro, dei alguns passos e assim minha bolsa estourou. A partir dai as coisas aceleram. Começamos a encher a banheira, e enquanto ela enchia e esperava a temperatura da água estar boa, eu fiquei no chuveiro, na bola de pilates recebendo massagem e relaxando.
Entrei na banheira e começou o momento mais delicioso, já era umas 18h, as luzes no banheiro eram suaves, o cheiro de camomila estava me acalmando e a musica me relaxava mais ainda, estava meditando. As contrações surgiam e eu me mexia dentro da água com movimentos suaves transformando a dor em sensações tranqüilas e suportáveis. Meu pai sempre ao meu lado, eu segurava sua mão como ponto de apoio, trouxeram gelatina para comer e me refrescava. Estava tão relaxada que acharam que minhas contrações tinham parado, mas eu as recebia com prazer.
No momento em que as contrações começaram a surgir mais forte, chegava a hora de a Indra nascer, a contração vinha forte e eu fazia força, mas me diziam para relaxar - Deixe vim, tranqüilo - E lá vinha a dor insuportável novamente, e eu fiz força, a Indra voltava, porém concentrada como eu estava foi fácil relaxar, e quando tranqüila, ela nasceu.
Recebi em meus braços limpa e com os olhos abertos. Nós, ligadas pelo cordão umbilical, ficamos nos curtindo dentro da água, e minha família a minha volta. Depois do cordão cortado ela foi levada para fazer os exames e eu fui me cuidar, fui para minha cama, saiu a placenta e foi dado os pontos.
Ela veio para mim, tentei amamentá-la, mas ela estava tranqüila. Tomei meu banho, me alimentei e dormi junto a ela na cama.
A Indra nasceu com 39 semanas e 2 dias, às 21h27min. Pesando 3,300 e medindo 50cm.
Apgar 1min. 9 e 5min. 10
Aquele momento inesquecível e que sinto enormes saudades.
Um comentário:
Oi Esdra, coloquei um link do seu relato no meu blog, tudo bem?
beijos
Postar um comentário